quinta-feira, 24 de maio de 2012

Brisa #1


(m.a)


Vamos fugir para a lua, para a floresta,
Para a nossa ciranda de pequena!
Sentir um pouco de tontura boa, e olhar para cima 
Se encontrar com as estrelas
E notar que elas estão ali para te iluminar!


E se possível, vamos alcançá-las!
Vamos pular de cometa em cometa, vamos conhecer outros planetas;
Povos diferentes, línguas engraçadas!


Podem me chamar de doida, mas chamo isso de querer viver;
Viver sem mal no coração, viver para distribuir sorrisos e fazer da vida algo preciosa e bonita, que ela já é, mas raramente notamos sua importância.


=)

terça-feira, 22 de maio de 2012

Re.


(m.a)

Quando se trata de recomeçar, tudo vira um desafio.

Acham que é fácil tomar um novo rumo da vida, com novos conceitos, novas pessoas ao redor... mas não é; ainda mais quando sai de uma zona de conforto que durou anos.
Não é fácil e, além do mais, às vezes dói. Dói aceitar que aquilo não é mais pra você, algo que antes você não conseguia visualizar fora da sua vida, mas hoje não faz mais sentido e então você precisa seguir em frente.
É como (brutalmente) abandonar uma droga. Te fez bem por um tempo, te deu um certo prazer, mas chegou o momento em que começa a dificultar sua vida, e ao notar que você pode não conseguir mais sair disso, toma a decisão brusca em abandonar aquilo e recomeçar. Do começo, que fique claro. Aí no começo você às vezes se debate, sente falta, uma ‘abstinência’ louca, sofre; aos poucos nota que vai melhorando, mas as lembranças do que aquilo te fez sentir vem à tona; mas melhora com o tempo, e quando digo tempo, não é um dia, um mês...pode levar um ano ou mais.
O segredo (quem sou eu pra saber de fórmulas? Humilde pobre-defeituoso humano... mas vamos lá!), diria, está no foco e na aceitação. Concordar, primeiro, que tudo em que um dia começou termina, seja em poucos meses ou em anos, seja por um fim de uma vida ou por não fazer parte mais daquele cotidiano; termina. Saber também que o mundo não é tranquilo, que as coisas novas não reaparecem assim em um estralar de dedos: às vezes pra recomeçar temos que ter paciência (muita), e óbvio, não ficar sentado.
Ainda não imagino o que acontece quando concluí o recomeço e se encaixa novamente em um lugar, em uma história; sabe-se apenas que se um dia não fizer mais parte disso, que pelo menos permaneça uma coisa: o respeito, um olhar para aquele fim de que ‘pelo menos me serviu algo de bom’, seja para valorizar a vida, seja para saber que há coisas boas (ou más) no mundo. Mas de tudo se aprende algo, e se errar, o recomeço está aí, com mais um oportunidade de acertar (ou errar novamente, até acertar).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Tá a fim de um Romance, que seja com um (clássico) livro.


(mi autoria)
Se for pra querer um amor,
Quero compará-lo a um clássico livro:
Poderia ser um Dom Quixote,
Um Brás Cubas ou um O Cortiço.

Experimentaria suas aventuras,
Decifraria seus medos;
Me identificaria com alguns conceitos,
Outros eu reprovaria.

Às vezes teria o vício de querer continua com ela em minha mãos;
Às vezes seria necessário abandonar, seja por um tempo,
Seja por compromissos.

Mas, tão rápido e certeiro, voltaria ao seu mundo encantado,
E a cada nova abertura desse envolvimento,

Um novo descobrimento
[Ou um mesmo descobrimento, porém mais fascinante como antes!]

E não importa quantas vezes ‘leria’ aquela pessoa,
Toda volta a ela me traria novos conceitos, sentimentos,
Novas borboletas no estomago.

E o melhor de tudo: como qualquer clássico, seria atemporal,
Teria significado ontem, hoje e sempre!

Cansei de amores Best-sellers, que sua importância passa ligeiro como veio;
Cansei de amores de Autoajuda, que tentar mostrar caminhos mastigados
[e que nem sempre traz resultados];
Quero um amor clássico, com uma Divina Comédia, com reflexões Camonianas,
Com mistérios Kafkanianos;

Se for pra ser amor então, que seja como os clássicos livros.