quinta-feira, 26 de maio de 2011

A carta amassada.

(mi autoria)

Descobri que palavras, ás vezes, são mais verdadeiras que gestos.
Por exemplo, você não usou as palavras para prometer qualquer coisa a mim.
Não prometeu me levar a sério, não prometeu ser fiel...nada, muito pelo ao contrário, me alertava, ás vezes, bem ás vezes.
Mas o olhar, o carinho, o sorriso...aaaaaaaah o sorriso!
Levei como provas de que aquilo poderia valer a pena!
Bem, acreditei...não sei se acreditei errado ou não.
Ás vezes, aquele momento foi verdadeiro, mas o antes e depois disso, foram consequências.
Ás vezes foi apenas falta de oportunidade em outra coisa que desejava, e partir para a primeira coisa que viesse, no caso, eu.
A vida é cheia disso. É tanta pressa pra algumas coisas, que ao perceber, é algo errado, então aí sim decidimos fazer o que realmente vale a pena.
Amizades são assim. As primeiras que compartilhar de mesmas ideias, serão as melhores amizades para sempre, até que alguém melhor e mais compatível apareça.
Mas voltamos a você! Alias, hoje tenho nojo de você, não nego. Mas não nego também que se for pra falar de um momento mágico, um deles foi com você.
Foi inesperado, foi natural...pelo menos para mim, que não tinha expectativa nenhuma, e olha dos anos de convivência!
Porque as coisas mudam. Tudo muda. Ás vezes pra melhor, pior, ou muda pra uma mesma direção, e volta, mas por um momento sai do ciclo.
Se valeu a pena? Ah, valeu, não me arrependo do que já fiz, do que adianta chorar? Depende de mim aprender para não errar de novo, certo?
Mas volto a você: foi bom, foi muito bom, meus tempos de purpurina!
A primeira pessoa que mostrou (não sei se verdadeiramente) aceitar meu passado, presente, futuro.
A primeira pessoa a mostrar que posso ser bem mais do que aparento ser.
A primeira que eu senti algo legal, não era amor, mas era um sentimento bom, que saía do materialismo e tornava-me mais humana. (Isso bastava para o mundo de hoje - já era um começo).
A primeira com quem discuti, e na hora de resolver, vinha a sinceridade, mesmo que fosse doer em alguém. E incrível que não doía, era aceitável, e seguíamos em frente, sem mágoas.
Sinto saudade dessa pessoa que conheci em você, mas essa pessoa, hoje, com tanta mudança, te desconheço ao te ver na rua.

Agora só lhe desejo que seje feliz, e pensa de mim com respeito, que eu pensarei da mesma forma.

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