quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Para não dizer que não postei no blog - espelho, espelho meu...



...existe alguma obrigatoriedade de reflexo?
Espelho reflete aquilo que se vê. A carne exatamente.
Mas, antes de continuar, HÁ QUANTO TEMPO NÃO VINHA AQUI! Estava começando a empoeira!
Anda-se em tempos sem tempos para pausa, então é nessas horas que surgi o jeitinho brasileiro de se virar para tudo!
Mas por falta de tempo, cabeça e coração, ando sem saber sobre temática, aí quando comecei ontem a postar aqui, pensando qual seria meu tema, olhei para o lado, olhando diretamente para minha imagem refletida ao espelho.
Lembrei de um dia, em uma oficina de teatro, em que deveríamos improvisar, em três movimentos, algo que tivéssemos vontade de expressar.
A minha vontade de expressar fora sobre o reflexo de alguém no espelho. Simples, uma metáfora para aqueles que refletem a imagem diante de uma massa dominadora.
Facilitando um pouco mais: Aqueles que, por algum receio, tomam-se uma forma na qual não lhe pertencem, mas agradará aos outros. Ou toma-se uma forma que, por outros receios, evita de mudar para não parar de desagradar/agradar uma esfera da atividade humana.
O espelho refletiria isso. Essa carne, essa postura, esse comportamento.
Mas e o interior? Reflete também. Se observar, quando se olha diretamente ao espelho, dentro dos olhos, você consegue refletir o seu interior. (Se for uma pessoa a ponto de aceitar a enxergar isso) Aí está a parte mais dolorida: às vezes, aquele olhar, aquela alma ali, não encaixa exatamente com o que o espelho reflete.
Estou escrevendo em um linguajar muito difícil, vamos aos fatos.
Exemplo: a busca pela magreza excessiva. Em certas pessoas dão certo, já nascem assim, mas outras, por sentirem que precisam ter esse mesmo reflexo, fazem o possível e o impossível para adquiri tal moldura.
Postura: mostra, para os outros, e tenta se autoconvencer, que determinado tipo de comportamento é o ideal pra você, e mudanças seriam drásticas. Exemplo disso como algumas meninas, por exemplo, que pagam de certinhas, de  "pessoa para casar", maioria das vezes omitindo suas vontades e opiniões para agradar outros, e ao espelho.
Voltando à minha oficina, lembro dos movimentos que fiz:
1) colocando a mão na cintura, a postura e com a roupa arrumada, mexo-me de acordo como se me admirasse ao espelho;
2) paro de frente ao espelho imaginário, meu braços se desfaz na postura e minha face fica séria;
3) em um tipo de 'explosão' bagunço minhas roupas e meu cabelo, como refletindo o que realmente tinha vontade.
Necessariamente o espelho seria como uma metáfora da reflexão que temos nos olhos das pessoas. Parece que sentimos obrigados a ser de uma forma, isso incluindo até aqueles que se mostram rebeldes, os diferentes da sociedade. Chega uma hora que aquilo toma tamanha responsabilidade e obrigação, que se em algum momento demonstrar algum comportamento diferente, será apontado por todos os lados. Tanto do lado da esfera que acompanha quanto no olhar de outras esferas da atividade humana. (Explicando: Esfera da atividade humana, segundo Bakhtin, seria formas de expressões – como arte, religião, ciência – dentro de um meio social)
Mania de espelhos! Mania de reflexos, formas, rótulos.
E bem, o que podemos fazer sobre isso? Nada. Não sou eu, pobre humana indecisa com atitudes, camaleoa desse processo, que irá salvar o mundo por isso.
A única coisa que diria era não perderem a essência dentro de ti. Aceitar mudanças sempre pode ser bom, ainda mais para melhor conhecimento de si mesmo.
Acho que seria isso! Mais uma sessão “vomitando ideias no meu blog, enquanto devia trabalhar” hehehehe!
Beijo pra quem fica, pra quem vive, pra quem busca algum sentido nessa coisa confusa que chamamos de vida, parabens pela força! o/

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